TÉCNOLOGIA


A caminho do futuro: cientistas australianos podem tornar realidade o "dispositivo dos sonhos" de filmes de ficção (Divulgação),

Uma espécie de capacete que libera impulsos elétricos está em testes na Austrália e sugere que é possível melhorar a eficiência do cérebro humano. A técnica, criada por cientistas da Universidade de Sidney, chama-se "estimulação transcraniana por corrente contínua" (tDCS, na sigla em inglês): ela consiste em liberar impulsos elétricos, inofensivos aos voluntários, para estimular algumas regiões do cérebro simultaneamente à redução da atividade de outras áreas. O estudo foi publicado na revista científica PLos One.
O equipamento foi testado em 60 voluntários saudáveis, com idades entre 18 e 38 anos. Inicialmente, sem o uso do capacete, eles foram desafiados a resolver 27 questões de matemática com algarismos romanos. Em seguida, já usando o dispositivo, encararam exercícios similares. Alguns deles, porém, o fizeram com o dispositivo desligado.
Os cientistas concluíram que os voluntários cujos lobos temporais anteriores eram estimulados pelo impulso elétrico tinham três vezes mais chances de resolver a questão corretamente. Isso só acontecia, porém, sob um estímulo específico: quando o  tDCS diminuía a atividade do lobo temporal anterior esquerdo – responsável pela conceituação e categorização  – e incitava a atividade do lobo temporal anterior direito – ligado à novidade e à intuição.
"Nossos resultados demonstram que podemos manipular nossa percepção de mundo e tirar vantagem disso em determinadas situações", disse Allan Snyder, diretor do Centro para a Mente da Universidade de Sidney, ao jornal britânico The Guardian. Snyder defendeu que os voluntários que resolveram os problemas com maior facilidade o fizeram porque conseguiram se livrar de "ideias prontas" (como os algarismos 1, 2, 3, 4 etc.), considerando outras possibilidades de raciocínio (os romanos I, II, II, IV etc.). “No futuro, poderemos criar um dispositivo que nos permita ver o mundo temporariamente como novo, nos livrando dos rótulos mentais a que estamos acostumados. Isso nos permitirá maior criatividade.”







EUA batem Japão e criam supercomputador mais rápido do mundo

Criado pela IBM, Sequoia superou supercomputador Japonês


A supermáquina americana é 1,55 vezes mais rápida do que o modelo japonês e usa mais de 1,5 milhão de processadores, mais da metade do que o concorrente asiático.

A tecnologia de ponta deve servir principalmente para conduzir simulações que ajudem o país a extender a vida útil de suas armas nucleares em processo de deterioração, evitando a necessidade de fazer testes.

O Sequoia foi instalado no Laboratório Nacional de Lawrence Livermore, na Califórnia, que pertence ao Departamento de Energia americano.

Para Thomas D’Agostino, da Administração de Segurança Nuclear Nacional (NNSA, na sigla em inglês), o novo supercomputador garante aos EUA a liderança no setor e aumenta a confiança dos EUA em seu arsenal nuclear.

Concorrência mundial

Três anos atrás os EUA estavam no topo do ranking com outro supercomputador, mas no ano seguinte a posição passou para a China e depois o Japão.

Há seis meses, o país tinha seis posições na lista das dez supermáquinas mais rápidas do mundo, e hoje tem apenas três.

A China e a Alemanha têm dois supercomputadores, e o Japão, França e Itália têm um cada.

Entre os fabricantes destas máquinas, no entanto, a IBM lidera o ranking já que fabricou cinco dos dez mais rápidos do mundo.

David Turek, da empresa americana, diz que a IBM se preparou durante dois anos para retomar a posição número um.

Eficiência e rapidez

De acordo com a fabricante o Sequoia é mais eficiente também do ponto de vista energético, já que consome cerca de 7,9 megawatts, enquanto o japonês K precisa de 12,6 megawatts para funcionar.

O primeiro computador a ocupar o topo do ranking dos mais rápidos do mundo foi o CM-5/1024, da Thinking Machines, ainda em 1993.

Segundo Jack Dongarra, que ao lado do alemão Hans Meuer publica semestralmente a lista das supermáquinas mais velozes, o Sequoia é 273.930 vezes mais rápido do que o computador criado no início da década de 1990.

"Um cálculo que levava três dias inteiros no computador da Thinking Machines em 1993 pode ser feito hoje em dia pelo Sequoia em menos de um segundo", diz.

Dongarra disse à BBC que é improvável que outro fabricante tome a posição da IBM no ano que vem. "O Sequoia é muito impressionante", avalia. 

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